A História da Rua Floriano Peixoto, a primeira rua de Boa Vista
(1830)
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A História da Rua Floriano Peixoto, a primeira rua de Boa Vista
(1830)
A Rua Floriano Peixoto, a primeira rua de Boa Vista, é um marco histórico que remonta ao surgimento da cidade em 1830, com a criação da Fazenda Boa Vista pelo Capitão Inácio Lopes de Magalhães. Localizada no coração do centro histórico, ela conecta o passado ao presente com seu rico conjunto arquitetônico, incluindo a Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo, a Casa de Petita Brasil, a Casa Bandeirante e o Centro de Artesanato. Originalmente um caminho para os pioneiros que chegavam pelo antigo Porto da Intendência, a rua foi parte essencial do plano urbanístico de 1946, preservando seu traçado original. Hoje, a Rua Floriano Peixoto é um ponto de interesse turístico que celebra a história, a cultura e a memória de Boa Vista.
Trecho da Rua Floriano Peixoto onde se localiza a sede da Fazenda Boa Vista (Meu Cantinho) e o Prédio da Intendência, em foto de 1909.
Foto aérea de parte de Boa Vista, Centro Cívico em planejamento e a construção do Palácio do Governo. Próximo ao rio, a rua Floriano Peixoto. A construção do Palácio do Governo de Roraima, conhecido como Palácio Senador Hélio Campos, no Centro Cívico de Boa Vista, teve início na década de 1970. O projeto começou durante os governos dos interventores José Maria Barbosa e Dilermando Cunha da Rocha, sendo concluído no governo de Hélio Campos, entre os anos de 1979 e 1983.
Trecho da Rua Floriano Peixoto na Praça Barreto Leite.
Trecho da Rua Floriano Peixoto onde se localiza a sede da Fazenda Boa Vista (Meu Cantinho), e ao fundo a Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo, também na mesma rua, em foto de 1909.
A História da Rua Floriano Peixoto e o Centro Histórico de Boa Vista
A Rua Floriano Peixoto, localizada no coração do centro histórico de Boa Vista, carrega o título de primeira rua da cidade, testemunhando desde os primórdios da formação do município até sua modernização. Surgiu em 1830, quando o Capitão cearense Inácio Lopes de Magalhães fundou a Fazenda Boa Vista, marco inicial do povoado que se tornaria a capital do estado de Roraima. Este primeiro caminho servia como rota principal para os pioneiros que chegavam pelo antigo Porto da Intendência, hoje Porto da Orla Taumanan, marcando o início do núcleo urbano.
Ao longo do tempo, a rua foi palco de importantes transformações. Em 1858, com a criação da Freguesia de Nossa Senhora do Carmo do Rio Branco, a área consolidou-se como um centro populacional estratégico. Em 1890, Boa Vista foi elevada à categoria de município, atraindo comerciantes, migrantes nordestinos, indígenas e mestiços, que moldaram a diversidade cultural local.
A Rua Floriano Peixoto abriga alguns dos edifícios mais antigos e emblemáticos da cidade. Entre eles destacam-se:
Sede da Fazenda Boa Vista (1830), atualmente o Bar e Restaurante Meu Cantinho.
Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo (1892), símbolo da religiosidade e marco da fundação da paróquia.
Casa de Petita Brasil (1892), representando a arquitetura neoclássica local.
Casa Bandeirante (1898), antigo comércio da firma J.G. Araújo.
Intendência (1900), atual Centro de Informações Turísticas.
Centro de Artesanato (antigo mercado público, 1926).
Além destes, outras construções como a Escola São José (1924) e a Casa João XXIII complementam o conjunto histórico, refletindo a formação social e administrativa de Boa Vista.
Com o advento do plano urbanístico de 1946, o engenheiro Darcy Aleixo Derenusson preservou o traçado original do centro histórico, incluindo a Rua Floriano Peixoto, que manteve sua configuração inicial dentro do projeto de ruas em formato de leque. No entanto, ao longo das décadas, adaptações como a ampliação da calçada do Átrio da Igreja Matriz, em 2009, causaram interrupções no tráfego local, levando a reclamações populares que só foram solucionadas anos depois, com a reabertura da rua.
A Rua Floriano Peixoto desempenhou um papel central na estrutura social e econômica da Boa Vista colonial. Era a principal ligação entre o porto e os núcleos administrativos, religiosos e comerciais, além de concentrar os principais eventos sociais da época, como missas e procissões. A vida cotidiana era marcada pela simplicidade, com moradores interagindo nas ruas e pescadores comercializando seus produtos vindos do Rio Branco.
Apesar de abrigar o maior conjunto arquitetônico histórico da cidade, a Rua Floriano Peixoto enfrenta desafios quanto à preservação e valorização. A falta de iniciativas turísticas e de conservação limita o reconhecimento de seu potencial histórico. Hoje, a rua é ocupada principalmente por estacionamentos e comércios, dificultando o acesso às suas memórias culturais e arquitetônicas.
A rua leva o nome de Floriano Peixoto, o segundo presidente do Brasil (1891-1894), conhecido como o Marechal de Ferro por sua liderança firme e determinação. Nascido em Maceió, Alagoas, em 1839, e falecido em 1895, Floriano consolidou sua reputação como uma figura histórica importante na transição do Brasil para a República, sendo uma inspiração para a denominação de ruas em diversas cidades brasileiras.
Hoje, a Rua Floriano Peixoto é um elo vital com o passado de Boa Vista, conectando os tempos pioneiros à contemporaneidade. Seu legado é refletido em suas edificações, que contam histórias de desenvolvimento, desafios e o espírito resiliente de seus habitantes. Preservar e valorizar este espaço é fundamental para fortalecer a identidade histórica e cultural da capital de Roraima.
PROJETO DE EXTENSÃO No. 039 – 3 – 52 ⁄2024:
Boa Vista 4.0 - Smart Turismo Sem Fronteiras
CURSO DE TURISMO - MULTIAMAZON
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA - UERR
PROEC
Equipe do Projeto:
Prof. Ismar Borges de Lima
(Idealizador e Coordenador-Geral,
email: ismarborgeslima@gmail.com )
Profa. Rosijane Evangelista (Vice-Coordenação)
Pesquisadores participantes:
Shirley Jone Cabral de Brito
Andreza da Silva Farias
João Arthur Freitas de Souza.