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Após a coletânea de fotos, leia o texto completo com dados e informações históricas sobre o Forte, e como chegar e visitar os remanescentes das ruínas do Forte São Joaquim, situado cerca de 34km distante do centro de Boa Vista pela BR-401 e trecho não pavimentado pela vicinal das fazendas.
Localização Exata: Remanescentes das ruínas do Forte São Joaquim. Clique Aqui ou na imagem.
Foto: O Forte São Joaquim como se apresentava no início do Século XX. Na imagem, pode-se observar que, apesar do abandono, o Forte mantém boa parte da estrutura original, antes de ter sido demolido, e suas pedras terem sido usadas para construções e edificações na Fazenda São Marcos, às margens do rio Uraricoera, distante uns 1,5 km fluvial do local do Forte.
Foto: Em 2018, a Universidade Federal de Roraima (UFRR), em parceria com a Comunidade Portuguesa em Roraima, assinou um protocolo de intenções para a construção de uma réplica do forte nas proximidades das ruínas originais. No entanto, até o momento, o projeto não foi concretizado. Foto da solenidade realizada próxima às pedras (ao fundo) do que antes era parte do Forte São Joaquim.
Imagem: O Forte São Joaquim como se apresentava no início do século XX, as ruínas. E, atualmente, em 2024, o que restou das ruínas, as pedras - onde supostamente era o Pórtico (a entrada principal do Forte), em meio à mata, às margens do rio Branco.
Local onde se encontra montada a maquete do Forte São Joaquim no 6o. Batalhão de Engenharia de Construção do Exército, Boa Vista, Roraima.
Maquete do Forte São Joaquim no 6o. Batalhão de Engenharia de Construção do Exército (Clique Aqui para a localização), Boa Vista, Roraima. Avenida Capitão Ene Garcez, 1037 - Bairro Mecejana, Boa Vista, Roraima, CEP: 69304-000. Contato: Telefone: (95) 4009-9900. Horário de expediente. Segunda a Quinta-feira: 07:30 às 17:00 Horas.
Foto: Acadêmicos da UFRR fazem visitam a réplica do Forte São Joaquim, construída no 6º Batalhão de Engenharia de Construção (6º BEC) - Batalhão Simón Bolívar. Matéria publicada em 14 de setembro 2023. Crédito foto: 6º BEC
FORTE SÃO JOAQUIM - GUARDIÃO HISTÓRICO DE RORAIMA
O Forte São Joaquim, erguido em 1775 na confluência dos rios Uraricoera e Tacutu, é um marco da presença portuguesa na Amazônia setentrional. Construído sob a liderança do Capitão Francisco Xavier de Mendonça Furtado, o forte visava consolidar a soberania portuguesa na região, servindo como ponto estratégico de defesa e apoio à colonização. Os remanescentes das ruínas do Forte ficam a 4km distante da Fazenda São Marcos, por via fluvial, percorrendo um trecho curto do rio Branco e rio Uraricoera. A Fazenda é um sítio histórico, étnico-cultural, e foi instalada para dar suporte ao forte e fornecer gado para a comarca de Manaus no século XVIII. Por via fluvial, os roteiros podem ser feitos de forma conjugada, conhecendo-se ambos (ver página sobre Fazenda São Marcos)
Detalhes da Construção do Forte - Linha do Tempo
A origem do Forte São Joaquim remonta à Resolução de 23 de outubro de 1752, emitida pelo Conselho Ultramarino, após consulta ao rei D. José I (1714-1777), monarca português. Por meio de uma Provisão Régia, datada de 14 de novembro de 1752, foi ordenado ao governador do Grão-Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado (1751–1759), que estabelecesse uma fortaleza às margens do Rio Branco. Determinava-se ainda que o local fosse permanentemente guarnecido por uma companhia do Regimento de Macapá, com rodízio anual de tropas.
As obras do forte tiveram início em 1775 e foram concluídas em 1778. O responsável pela sua construção e seu primeiro comandante foi o capitão Felippe Sturm, um engenheiro alemão que prestava serviços a Portugal. Ele também foi responsável pela escolha do local estratégico para a instalação da fortaleza, situada nas proximidades da confluência dos rios Tacutu e Uraricoera, que formam o Rio Branco.
O terceiro comandante do Forte foi o capitão cearense Inácio Lopes de Magalhães, conhecido por fundar a Fazenda Boa Vista, que mais tarde deu origem ao município homônimo. Já o último administrador do forte foi Pedro Rodrigues, que exerceu essa função entre os anos de 1889 e 1891.
Estratégia Militar: O forte fazia parte de um sistema defensivo estabelecido pelos portugueses para proteger a Amazônia de incursões estrangeiras, especialmente dos espanhóis.
Interação com Indígenas: Durante sua construção e operação, houve significativa interação com povos indígenas locais, que desempenharam papéis cruciais tanto na construção quanto na defesa do forte.
Decadência e Ruínas: Com o tempo, o forte perdeu sua importância estratégica, levando ao seu abandono e consequente ruína. Hoje, as ruínas são testemunhos silenciosos de um passado colonial.
Como Chegar ao Forte São Joaquim
Acesso Terrestre - Rodovia BR- 401
As ruínas do Forte São Joaquim, às margens do rio Branco, no município de Bonfim, com acesso terrestre pela BR-401 e vicinal da fazenda, totalizando cerca de 34 km de distância ao norte de Boa Vista, Roraima, próximo à confluência dos rios Tacutu e Uraricoera. Contudo, é importante ressaltar que o local está situado em uma propriedade privada, o que limita o acesso público.
O trajeto até o forte pode ser feito por via terrestre, mas apresenta desafios. A partir de Boa Vista, segue-se pela BR-401 em direção ao município de Bonfim. O percurso inclui trechos de estrada pavimentada, mas, ao se aproximar do local, o acesso é feito por estradas de terra, que podem ser difíceis de transitar, especialmente durante a estação chuvosa.
É recomendado que os interessados em visitar a área entrem em contato com autoridades locais ou proprietários da região para obter autorização e informações atualizadas sobre as condições de acesso. Além disso, como ainda não há infraestrutura turística no local, visitantes devem estar preparados para enfrentar as limitações de transporte e serviços na região.
Acesso Fluvial ao Forte São Joaquim
O acesso fluvial ao Forte São Joaquim é uma alternativa possível devido à sua localização estratégica, próxima à confluência dos rios Tacutu e Uraricoera, que formam o Rio Branco. Durante o período de cheia do Rio Branco, que ocorre normalmente entre os meses de maio e setembro, o trajeto por via fluvial é facilitado, permitindo que barcos menores consigam navegar até as proximidades das ruínas e atracar em áreas próximas. No entanto, o desembarque pode ser desafiador, dependendo das condições locais, já que não há infraestrutura específica, como píeres ou ancoradouros, para receber embarcações.
Já durante a época de seca, que geralmente ocorre entre outubro e abril, o nível do Rio Branco pode baixar significativamente, tornando o acesso fluvial mais difícil. Em alguns trechos, bancos de areia emergem, restringindo a navegação e exigindo maior habilidade por parte dos pilotos de embarcações. Nesse período, é importante planejar com antecedência e buscar informações sobre as condições do rio para garantir uma viagem segura.
Dicas Importantes para Acesso Fluvial:
Barcos pequenos: O uso de embarcações menores é mais viável devido à ausência de infraestrutura adequada para grandes barcos.
Guias locais: Recomenda-se a contratação de guias ou pilotos experientes que conheçam bem a região e os desafios da navegação fluvial.
Preparação: Leve equipamentos de segurança, como coletes salva-vidas, e esteja atento às variações no nível do rio.
Cheia ou seca: O período de cheia é o mais indicado para o acesso fluvial, enquanto a época de seca pode apresentar mais dificuldades e limitações.
Embora o acesso fluvial ofereça uma rota alternativa para se chegar ao Forte São Joaquim, é importante lembrar que, devido à falta de estrutura turística no local, qualquer visitação deve ser cuidadosamente planejada e feita com responsabilidade para preservar a área e respeitar as condições locais.
Em 2018, a Universidade Federal de Roraima (UFRR), em parceria com a Comunidade Portuguesa em Roraima, assinou um protocolo de intenções para a construção de uma réplica do forte nas proximidades das ruínas originais. No entanto, até o momento, o projeto não foi concretizado.
Para manter viva a memória do Forte São Joaquim, o 6º Batalhão de Engenharia de Construção (6º BEC) (Clique Aqui - Localização) do Exército Brasileiro, localizado em Boa Vista, construiu uma réplica em miniatura do forte em suas instalações. Essa réplica está situada na Praça Capitão Felipp Sturn e serve como centro de documentação e espaço cultural, permitindo que o público conheça a história e a importância do forte para a região.
Localização do 6º BEC (Clique Aqui - Mapa):
Endereço: Avenida Capitão Ene Garcez, 1037 - Bairro Mecejana (Clique), Boa Vista, Roraima, CEP: 69304-000. Contato: Telefone: (95) 4009-9900.
Comando de Defesa Cibernética
Horário de expediente. Segunda a Quinta-feira: 07:30 às 17:00 Horas
Visitação à Réplica: Interessados em conhecer a réplica do Forte São Joaquim devem entrar em contato com o 6º BEC para informações sobre horários de visitação e agendamentos.
Respeito ao Patrimônio: Ao visitar a réplica, é fundamental seguir as orientações fornecidas e respeitar as normas de preservação do patrimônio histórico.
Embora o acesso às ruínas originais do Forte São Joaquim seja limitado, a réplica no 6º BEC oferece uma oportunidade valiosa para conhecer e valorizar esse importante marco da história de Roraima.