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Um ícone do poder público roraimense
Erguido entre 1965 e 1968, quando Boa Vista ainda era capital do Território Federal do Rio Branco, o Palácio Senador Hélio Campos foi pensado para ser a joia do plano urbanístico em “leque” traçado pelo engenheiro-arquiteto Darcy Aleixo Derenusson. Implantado no vértice central do traçado radial, o edifício sela a ideia de uma cidade planejada em que o Governo se apresenta como foco cívico e marco visual da capital mais setentrional do Brasil
Entre a Memória Política e a Presença Viva do Estado
No ponto exato onde os traços radiais de Boa Vista se encontram, ergue-se uma das construções mais emblemáticas do Norte do Brasil: o Palácio Senador Hélio Campos. Mais do que uma sede de governo, o edifício é um marco urbano e político, testemunha de transformações históricas e da evolução do território que viria a se tornar o mais jovem dos estados brasileiros. Inaugurado em 1968, quando Roraima ainda era o Território Federal do Rio Branco, o palácio foi projetado para ser o vértice simbólico e físico de uma capital planejada, seguindo a lógica modernista que marcou o urbanismo brasileiro nas décadas de 1950 e 1960.
Seu projeto original, assinado pelo engenheiro-arquiteto Darcy Aleixo Derenusson, incorporou os princípios do modernismo tropical: linhas retas, volumetria horizontal, pilotis, brises-soleil e panos de vidro. Ao ocupar o centro geométrico da malha urbana em leque, o edifício colocava o poder público como o coração pulsante da cidade — não apenas um lugar de decisões, mas um espaço de referência coletiva, visível de todos os lados, acessível pelas principais avenidas e sempre presente no horizonte de quem caminha pela capital.
Ao longo do tempo, a edificação passou por significativas mudanças. Em 1989, já às vésperas da transformação territorial em Estado da Federação, o palácio foi reformado e ganhou elementos de inspiração neoclássica: frontão triangular, colunas imponentes e revestimento branco, que conferiram ao edifício uma nova leitura visual e o apelido popular de “Casa Branca do Norte”. Essa transformação, longe de ser apenas estética, traduziu simbolicamente um momento de transição institucional e reafirmação da identidade roraimense no cenário nacional.
Hoje, o palácio continua a desempenhar suas funções centrais como sede do Poder Executivo estadual, abrigando o gabinete do(a) governador(a), a Casa Civil, a Casa Militar e espaços destinados a reuniões e decisões estratégicas. Ao mesmo tempo, abre-se como espaço de visitação em momentos-chave do calendário cívico, como a Semana da Pátria e o aniversário de Boa Vista, permitindo que moradores e turistas conheçam o Salão Brasil, a Galeria de Governadores e o imponente hall de entrada, onde arquitetura e institucionalidade se entrelaçam.
Durante o mês de dezembro, o palácio se transforma em palco de uma das programações mais aguardadas da cidade: o Natal no Palácio. A fachada é iluminada com projeções mapeadas e refletores nas cores da bandeira estadual, enquanto o entorno recebe presépios, feira de artesanato, apresentações culturais e uma árvore de Natal com mais de 15 metros. A escadaria monumental — que durante o ano serve como mirante e espaço cerimonial — torna-se o ponto de encontro de milhares de famílias. É nesse momento que a “Casa Branca do Norte” deixa de ser apenas símbolo do poder institucional e se torna também um espaço afetivo e compartilhado, onde a cidade celebra sua diversidade, sua história e sua capacidade de se reinventar.
Visitar o Palácio Senador Hélio Campos, portanto, é mais do que observar uma bela construção. É experimentar a continuidade entre forma e função, entre memória e presença. É reconhecer como os edifícios públicos também são portadores de narrativas, símbolos de pertencimento e peças vivas da identidade urbana de Boa Vista.
Arquitetura: do modernismo ao “Casa Branca do Norte”
Projeto original (1965-68) – bloco horizontal em concreto armado, pilotis, brises-soleil e panos de vidro: a estética do modernismo brasileiro aplicada ao extremo-norte. O eixo principal da praça conduz o olhar do Monumento ao Garimpeiro até a fachada leste do palácio
Grande reforma (1989) – a casca modernista recebeu frontão triangular, colunata e revestimento claro, resultando no perfil neoclássico que rendeu ao prédio o apelido popular de “Casa Branca do Norte”. Internamente surgiram quatro pavimentos, rampa helicoidal de circulação e o Salão Nobre, palco de eventos protocolares.
Paisagismo e entorno – jardins simétricos com palmeiras imperiais reforçam a composição axial; a escadaria monumental funciona como mirante para a praça e cenário de fotografias oficiais.
Por que incluí-lo no roteiro?
1. Marco urbanístico – Ponto focal do único Centro Cívico radial modernista da Amazônia.
2. Leitura política – Cada mudança de nome reflete uma virada histórica: ditadura, abertura, autonomia estadual.
3. Fotografia – Melhor luz no fim da tarde; busque o enquadramento que alinha palmeiras, fachada e a gigantesca estátua do Garimpeiro.
4. Passeio integrado – A pé, em 600 m você alcança a Assembleia Legislativa e a Catedral Cristo Redentor – percurso que revela como arquitetura, arte pública e poder se conectam em Boa Vista.
Visitas e Programação Especial
Endereço: Praça do Centro Cívico Joaquim Nabuco, s/n.º – Boa Vista/RR
Acesso rotineiro
O palácio pode ser apreciado externamente 24 h por dia; a praça e os jardins dispõem de iluminação e vigilância. A visita interna – restrita ao térreo (hall, Salão Brasil e Galeria de Governadores) – ocorre de segunda a sexta, 9h-11h / 15h-17h, mediante agendamento na Casa Militar. É necessário documento oficial com foto. Os dias e horários de visita e acesso público ao Palácio Hélio Campos podem ser alterados ao longo dos períodos, portanto deve-se consultar previamente no website oficial do governo e, ou, no Guia Digital Boa Vista 4.0 (escaneie o código QR no final desta seção).
✨ Natal no Palácio – “Casa Branca do Norte” iluminada
Entre o primeiro fim de semana de dezembro e Dia de Reis (6 de janeiro) o prédio ganha sua face mais fotogênica. A Secretaria de Cultura instala 4 km de microlâmpadas LED, túnel de luz, presépio em tamanho real e uma árvore de 15 m na esplanada. A fachada neoclássica recebe projeções mapeadas e refletores verde-branco-azul, cores da bandeira estadual. Durante essas noites a entrada é espontânea (sem agendamento) e monitores explicam a história do prédio. A decoração já virou tradição familiar: em 2024 o governo estimou 50 mil visitantes nas três semanas de programação.
Dicas rápidas para o visitante
Fotografia – chegue ao pôr-do-sol: o céu amazônico cor-de-rosa contrasta com as luzes ascendentes na fachada.
Mobilidade – rampas laterais garantem acesso a cadeirantes; sanitários adaptados no térreo.
Segurança – revista simples na entrada; objetos perfuro-cortantes são barrados.
Transporte – Estacione na Av. Capitão Ene Garcez ou use as linhas de ônibus Centro-Calungá/Universidade; ponto a 250 m, ou no Terminal de ônibus do Centro Cívico.
Visitar o Palácio Senador Hélio Campos no período natalino é vivenciar o encontro entre arquitetura cívica, memória política e celebração popular – experiência que transforma a “Casa Branca do Norte” em cartão-postal luminoso de Boa Vista.
As Transformações Arquitetônicas e Reformas no Palácio Hélio Campos desde a sua inauguração em 1968, e os Três Nomes a ele Atribuídos
Visitas Especiais no Palácio Hélio Campos durante o mês de dezembro, o mês natalino