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O Muro do antigo Mercado de Boa Vista, situado ao longo da Rua Floriano Peixoto, é um marco histórico e cultural tombado pelo Decreto Municipal nº 2614, de 15 de outubro de 1993, devido à sua importância arquitetônica e simbólica para a cidade e o estado de Roraima. Construído na década de 1940, durante o governo de Ene Garcez dos Reis, o muro reflete um período de grandes transformações urbanas em Boa Vista, quando a cidade se consolidava como capital do recém-criado Território Federal de Roraima.
Com um estilo arquitetônico eclético que combina elementos de art nouveau e art déco, o muro é adornado por uma elegante balaustrada, inspirada no desenho do centro histórico da cidade à época de sua concepção. Essa estrutura foi idealizada para delimitar e salvaguardar uma área estratégica, abrangendo a Escola Ayrton Senna, o antigo Porto do Cimento e a margem do Rio Branco, onde mais tarde seria construída uma avenida. Além de sua funcionalidade prática, o muro simbolizava o esforço de modernização e ordenamento urbano de Boa Vista, refletindo os ideais estéticos e de planejamento da época.
O Muro do Mercado está intimamente ligado à história de Boa Vista e à evolução do seu traçado urbano. A cidade, que teve origem em torno da antiga Fazenda Boa Vista do Rio Branco no século XIX, foi elevada à categoria de município em 9 de julho de 1890. Já em 1940, com a criação do Território Federal de Roraima, Boa Vista foi escolhida como capital, marcando o início de um intenso processo de urbanização. Nesse período, o traçado urbano da cidade, inspirado em modelos modernos, como o de Paris, passou por uma série de intervenções que incluíram a construção de estruturas como o muro do mercado. A importância histórica do muro está diretamente relacionada à sua localização estratégica ao longo da Rua Floriano Peixoto, um dos principais eixos do centro histórico de Boa Vista. Essa rua conectava áreas fundamentais do antigo povoado da Freguesia de Nossa Senhora do Carmo, um dos primeiros núcleos de ocupação da região, datado de 1830. O muro, portanto, não apenas delimita fisicamente o espaço, mas também preserva a memória de uma época em que o Rio Branco era a principal via de integração e desenvolvimento da cidade.
Tombado como patrimônio municipal, o Muro do Mercado é uma peça essencial para compreender a história e o processo de modernização de Boa Vista. Além de sua relevância arquitetônica, ele serve como um elo entre o passado colonial da cidade e seu desenvolvimento como capital moderna. A preservação do muro e de seu entorno é fundamental para manter viva a memória dos esforços de urbanização e das mudanças que moldaram a identidade de Boa Vista. Hoje, o muro é uma atração para visitantes interessados em explorar o centro histórico de Boa Vista, oferecendo uma conexão com o passado e um exemplo claro de como a arquitetura pode refletir o espírito de uma época. Sua localização próxima a outros marcos históricos, como a Igreja Nossa Senhora do Carmo, o Porto do Cimento e a Orla Taumanan, o torna uma peça integrante do patrimônio cultural da cidade, essencial para narrar sua história e celebrar seu legado.
PROJETO DE EXTENSÃO No. 039 – 3 – 52 ⁄2024:
Boa Vista 4.0 - Smart Turismo Sem Fronteiras
CURSO DE TURISMO - MULTIAMAZON
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA - UERR
PROEC
Equipe do Projeto:
Prof. Ismar Borges de Lima
(Idealizador e Coordenador-Geral,
email: ismarborgeslima@gmail.com )
Profa. Rosijane Evangelista (Vice-Coordenação)
Pesquisadores participantes:
Shirley Jone Cabral de Brito
Andreza da Silva Farias
João Arthur Freitas de Souza.